
HERÓIS
Mãos calejadas, pezinhos descalços
Corpo franzino, enxada nas mãos
Lá vão os pequenos para a roça
Plantar o seu milho, colher seu feijão
Heróis destemidos que a vida maltrata
Que o mundo não vê, a gente não ouve
Não têm brinquedos, nem lápis, nem luz
A comida é escassa e as roupas também
A noite o silêncio se faz tão gritante
A história de ontem já não tem mais porquê
A lua adormece e o sono não vem...
O corpo cansado reclama chorando
“Ó Deuses quem dera dormir e sonhar
Que amanhã a jornada nos seja mais leve!”